quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Ligações Espirituais

Dando sequência as postagens do blog, hoje vou falar um pouco sobre as ligações espirituais e os causos da vida real. De nada adianta apenas ficar na teoria e não termos uma base prática sólida. Contando com isso, decidi não apenas escrever sobre as inúmeras práticas e rituais de Cultos-Afro conhecidos´, mas também relatar algumas experiências vividas e ouvidas de um modo ponderado e bem explicado. Darei ao nome de ''Diamantes dos Cultos-Afro e do Espiritismo''.

O que realmente liga um ser humano ao outro ? Muitos vão dizer que até a hora do nascimento é o tal do cordão umbilical. Outros, por sua vez, vão dizer que são os laços afetivos que desenvolvemos na vida carnal são os responsáveis por essa união. Reparem que não digo apenas de união conjugal, mas sim da união entre os seres humanos. Indo mais além, por que não citar uma união com animais também ? Será que existem mesmo laços e ligações espirituais e estes são determinados antes de reencarnarmos ? Seria uma espécie de Carma ou talvez algum tipo de dívida que temos com outra pessoa ?

Todos já sentimos uma ligação com certa pessoa, animal ou algo. Seja ela afetiva, materna, paterna, mental... Quem nunca provou da sensação, um dia provará. Ás vezes conversamos tão pouco com as pessoas e acabamos por descobrir interesses mútuos que nos fazem achar que as conhecemos há tempos. Vezes também não temos nada parecido, mas mesmo assim existe algo que nos faz perceber que aquele ser não é nada estranho. Existem pessoas na nossa vida que passam e não deixam nenhuma lembrança. Outras, no entanto, ficam marcadas por algum motivo, por alguma força, uma espécie de força invísivel que é o fator-chave desse elo.

Seria possível um espírito de luz ser esse fator-chave de qual estamos falando ? Pode ser ele o Elo responsável por aproximar duas pessoas completamente diferentes numa amizade tão sincera e transparente a qual um sentir praticamente o que o outro sente ?

Talvez a união entre as pessoas seja mesmo previamente preparada, afinal, temos dívidas a saldar com todos aqui embaixo. Seja um abraço, um gesto de solidariedade ou caridade para com outros, um pedido de desculpas, uma amizade sincera... há inúmeras formas de resgatarmos o tempo perdido ou desperdiçado em vidas anteriores e, pensando um pouco, talvez o propósito disso tudo seja a nossa própria evolução espiritual. Quando aceitamos o próximo, quando não o julgamos, quando estamos sempre de bem com tudo e todos, quando encontramos pessoas que marcam definitivamente nossa vida e podemos marcar a vida delas também...

Hoje em dia, o Elo citado acima provou-me ser verdadeiro, absoluto. Não tenho por que desconfiar de algo tão maravilhoso e divino. Divino sim, pois é obra de Deus assim como os seres humanos errantes que aqui estão. De uma forma ou de outra, ele sente quando ela precisa de ajuda, de um conselho ou de uma bronca e vice-versa. A força-invisível mostra mais uma vez sua superioridade sobre todas as ignorâncias humanas e vai mais além... consegue transpor as barreiras do físico e do mental, trazendo uma paz e uma harmonia jamais antes vista.

Naqueles cinco dias, a força se manifestou. Ela reconheceu de imediato. São amigos de longa data, Ele gosta dela e isso é recíproco. O cavalo gosta dos dois. Praticamente um triângulo de amizade perfeito, infinito. A força mostra a ele as barreiras a serem superadas e a ela o caminho a ser seguido, não só naqueles dias mas sim em toda a vida. Entre conversas e conselhos, demais forças se manifestam, todas sempre bem-vindas, afinal, são todas do bem divino. É chegada a hora de ir embora, a hora do Adeus. Ele diz 'adeus', a força diz 'até breve' e ela fica numa esperança de um próximo encontro. Como se fosse obra do destino, o encontro realmente acontece. É simples, rápido e direto. Eis que o inesperado acontece e os dois seres humanos se afastam, por motivos de ignorância humana, pra variar. Certo tempo depois, a força, sabiamente, trata de mostrar ela a ele em sonho. Curiosamente, ela estava pensando nele naquele mesmo dia, após meses e meses de esquecimento. Ele derruba todo o orgulho que um leonino possui e pede desculpas da forma mai sincera possível. Ela acata de prontidão e a amizade está reestabelecida novamente. A tal força invisível mais uma vez está feliz em algum lugar do plano espiritual. Ela confia nos dois e os dois confiam nela. Há uma missão por trás disso tudo que algum dia será revelada. A nós só resta aguardar o momento certo para cumprir. Afinal, estamos aqui para servir e cumprirmos nossa parte para o bem geral.

O Texto é de minha autoria, baseado em fatos verídicos. Porém, sinto que A Força mais uma vez está ao meu lado, contribuindo com algum sopro de inspiração pra que ele fosse concretizado. Meu agradecimento especial vai ser sempre a Ele, guardião do meu caminho, amigo de fé e a Ela, amiga para todas as horas.




Axé

domingo, 20 de junho de 2010

Oferendas

As oferendas estão ligadas às forças sutis da Natureza, aos espíritos elementares e que habitam, quando Superiores, uma mata limpa, uma praia limpa, uma montanha, uma cachoeira etc. Esses elementos estagiam nos 3 Reinos da Natureza (mineral, vegetal e animal). São seres espirituais que ainda não encarnaram nenhuma vez, encontrando-se em estágios variados de qualificação e credenciamento para encarne. São o mais simples dentro da evolução planetária.

Esses Elementares colaboram com a Natureza enquanto evoluem, subordinando-se portanto a certa classe de Espíritos Superiores, situados ao nível de um Orixá. Assim, quando fazemos oferendas a um Orixá ou Entidade afim a este orixá, estamos oferecendo a estes Elementares, que, devido aos elementos radicais usados na oferenda, são atraídos por ela. Como os Elementares detêm altos teores energéticos vitais, em virtude de estagiarem na Natureza e por não terem a mancha do sangue e da carne, vitalizam profundamente o indivíduo que fez a oferenda.

Essas oferendas devem conter os elementos água, fogo, terra e ar.

água – sucos, sumo de ervas, chás, cerveja, guaraná etc

terra – frutos, raízes, fumo, ervas etc

fogo + ar= chamas produzidas pelas velas, incensos, defumações, evaporações, cigarros, charutos etc.

Uma coisa é importante ressaltar: Nenhuma oferenda deve agredir a Natureza, sob qualquer aspecto (daí, também, a Umbanda não trabalhar com sacrifícios). Portanto, não devemos deixar garrafas, lixo, material que a Natureza não absorva etc

A verdadeira oferenda é uma restituição de energias, o que equilibra o indivíduo e lhe ativa várias funções.
Ao contrário do que muitos pensam, as oferendas não são Obrigações. Nenhum Orixá ou Espírito Superior obriga alguém a oferecer algo.
Também não podemos confundir as oferendas com o ritual de amacy. Amacy é um ritual feito para os médiuns, que só deve ser executado por um Iniciado, com alguns conhecimentos fundamentais e específicos.
Mais um ponto importante: A oferendas não são para os Espíritos COMEREM, mas para que absorvam teores energéticos de suas emanações.
As oferendas em Umbanda nunca devem ser feitas depois das 18 horas, conforme me ensinaram.

O intuito da oferenda também faz diferença – se for para pedidos materiais, deve-se utilizar número par de velas, flores etc; Caso seja pedido espiritual ou de ordem mediúnica, o número deve ser ímpar.



Texto retirado do Livro: Mistério e Práticas na Lei de Umbanda – W.W. da Matta e Silva – Mestre Yapacani – Editora Ícone – 1999 - Vivência do Terreiro

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Quimbanda

Entendendo a Kimbanda

O termo “kimbanda” sempre sugeriu mistério e teve dificuldades de aceitação social por que desde o surgimento das manifestações religiosas no Brasil nunca houve alguém que apresentasse uma estrutura teológica concreta, e que agradasse os adeptos de um modo geral.

Temos um valioso histórico de “tradição oral” que pode mudar drasticamente de região para região, mas, no entanto, a essência daquilo que se entende por Quimbanda, se observado por uma lente mais ampla, verificamos que os espíritos dessa ordem formam uma egrégora magística e iniciática, mas antes de tudo, flexível. O que independente da estrutura teológica em que estejam inseridos, estarão agindo, atuando, de acordo.
Eles representam o arquétipo do inconsciente, a forma oculta e mística do homem e da mulher. Trabalham o que se denomina “poder oculto” ou “verdade”. É o próprio homem sobre “ele mesmo”, entendendo o mundo a sua volta como um “reflexo dele” ou “sombra”. Daí por que entendemos Exu como “o próprio homem despido de carne”, visto que já passou por aqui, viveu > morreu e se tornou um Sábio.
Na Kimbanda não existe um “Deus” soberano. O que existe são referências sincréticas conforme as egrégoras que se formaram ao longo dos anos, nas mais diferentes vertentes doutrinárias e raízes africanistas. Que embora se diferenciem pelo regionalismo, se afunilam em essência quando a manifestação de espíritos da “ordem de comando” apresentam esclarecimentos sobre sua atuação e concepção filosófica.
Geralmente se mostrando abertos aos diferentes níveis de entendimento da vida, e quase sempre, reportando-se às Leis básicas do universo como verdade. Um exemplo é quando um Exu diz: “Toma conta e presta conta”. Significa que tanto o homem quanto seus Guias são responsáveis por suas ações. Que não será uma “deidade” a fazer cobranças, e sim “ele mesmo”, pois é parte de um universo onde ele “também é o universo” e, por conseguinte, a Lei.
Se observar uma formiga trabalhando por um período, vai se encher de compaixão e admirar aquela forma de vida, mas se esta mesma formiga lhe morder, imediatamente você irá esmagá-la. Não haverá compaixão nem admiração. É a resposta à dor, causa e efeito, ação e reação. Ou seja, você mesmo estará exercendo a Lei por mero instinto.
Interessante é que praticamente ninguém sente “culpa” por esmagar uma formiga, mas se sente culpado por esmagar o semelhante. Neste caso, estamos saindo da esfera das Leis e entrando no “consenso moral” de “certo e errado”.
Aí é que reside toda a diferença entre “realidade e subjetividade”, que embora seja um caso óbvio, inevitavelmente as pessoas acabam misturando “alhos com bugalhos”.
Se pararmos para analisar o trabalho de um Exu ou Pombagira, a irradiação energética sobre a coroa de um médium, ao longo de muitos anos ocorre uma profunda transformação psicológica, e até ideológica. Como se uma “libertação” dos grilhões gerados pelo convívio social. A “moralidade coletiva”.
O primeiro aspecto visível é um considerável desenvolvimento da autoconfiança que, por via de regra, resulta na serenidade. Esta mesma virtude possibilita o discernimento entre o certo e o errado, porém desta vez, em um nível mais elevado de consciência.

Não pretendo com isso afirmar que um kimbandeiro é um “deus”, mas que de qualquer modo, assim entendemos a vida. Somos deuses e demônios, tudo em um único “Ser”. O saber discernir entre a realidade e a subjetividade é o primeiro passo para entender a Kimbanda.




TEXTO RETIRADO DO BLOG ''EXUBANDEIRO''

sexta-feira, 5 de março de 2010

O Livre-Arbítrio

Todos nós falamos sobre mas poucas pessoas têm senso para falar a respeitou, ou até mesmo sabem o que isso significa.

Mas afinal o que DE FATO é o tal do Livre-Arbítrio ?

A existência do livre-arbítrio tem sido uma questão central na história da filosofia (entenda-se como religião também) e na história da ciência. O conceito de livre-arbítrio tem implicações religiosas, morais, psicológicas e científicas. Por exemplo, no domínio religioso o livre-arbítrio pode implicar que uma divindade onipotente não imponha seu poder sobre a vontade e as escolhas individuais. Em ética, o livre-arbítrio pode implicar que os indivíduos possam ser considerados moralmente responsáveis pelas suas ações. Em psicologia, ele implica que a mente controla certas ações do corpo.

A expressão costuma ter conotações objetivistas e subjetivistas. No primeiro caso indicam que a realização de uma ação por um agente não é completamente condicionada por fatores antecedentes. No segundo caso indicam a percepção que o agente tem que sua ação originou-se na sua vontade. Tal percepção é chamada algumas vezes de "experiência da liberdade".

O Livre-Arbítrio está presente desde o Budismo até o Espiritismo. Como este é um blog ligado mais a assuntos espirituais, nada mais certo do que falar da influência deste sobre a segunda doutrina religiosa.

Para o Espiritismo, o livre-arbítrio significa liberdade moral do homem, faculdade que ele tem de se guiar pela sua vontade na realização de seus atos. Os Espíritos ensinam que a alteração das faculdades mentais, por uma causa acidental ou natural, é o único caso em que o homem fica privado de seu livre-arbítrio. Fora disso, é sempre senhor de fazer ou de não fazer. O nosso Livre-Arbítrio acaba quando começa o do próximo.

Axé!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Um sopro de Intuição

Intuição é algo que todos temos, independentemente de sexo, religião, condição social, etc. Muitas pessoas julgam como um ''dom mágico'', outras como uma capacidade do cérebro que pode ser desenvolvida e aplicada na hora de tomar decisões. Mas, na prática, o que é essa tal de intuição?

Todas as pessoas possuem um certo grau de mediunidade, sabendo ou não deste fato. Há vários tipos desse dom do ser humano, o mais comum e que cada um de nós já pôde experimentar algum dia é a intuição. Quem nunca teve um pressentimento sobre fatos bons ou ruins que aconteceriam na vida e de fato, posteriormente, se concretizou ? Quem nunca ouviu aquela ''voz interior'' elogiando ou criticando uma atitude tomada ? Quem não se lembra do Júlio Rasec, integrante do Mamonas Assassinas que, um dia antes de embarcar no avião, sonhou com um desastre aéreo e que todos morreriam ? Pois é...

No ponto de vista CIENTÍFICO, a intuição nada tem a ver com o plano espiritual, é apenas mais uma comunicação entre os dois hemisférios do cérebro e quando relacionamos as informações que vem de um com as informações do outro, intuimos algo.

Do ponto de vista Espírita, a intuição pode ser uma mensagem passada por alguma Entidade, algum espírito de Luz. Esses seres, beneficiam as pessoas com a capacidade de intuir para que elas se apeguem menos aos bens materiais e possam reconhecer a importância dos valores espirituais para a evolução da alma.

Os espíritas vão mais além , segundo eles, é possível não apenas usar a intuição para receber auxílio no presente, como também recorrer a esse dom para lembrar de acontecimentos experimentados em outras vidas, corrigindo os erros do passado. Quantas vezes você já foi apresentado a uma pessoa e teve a impressão de que o rosto dela lhe é familiar ? Pode ser obra de sua intuição, que o(a) desperta para uma outra época em que você e essa pessoa compartilharam momentos, sejam eles bons ou ruins. Por algum motivo, a sua memória é ativada para que juntos, possam "acertar as contas" na existência atual e prosseguir no desenvolvimento espiritual.

Os sonhos também podem ser canais de expressão da sua intuição, muitas vezes, forças espirituais transmitem conselhos ou avisos durante o sono. Quem sonha com a morte de uma pessoa querida e esse fato se confirma, deve aceitar esse aviso como uma preparação emocional para aquele acontecimento. Mas os sonhos não são apenas mensageiros de eventos infelizes, muitos cientistas fizeram grandes descobertas por meio de mensagens recebidas enquanto dormiam. Friedrich Kekulé em 1865, por exemplo, sonhou com uma estranha cadeia molecular, acordou assustado, porque o sonho havia lhe revelado a fórmula do benzeno, utilizado na fabricação de inseticidas e plásticos em geral.

É preciso estar preparado para conviver com uma intuição forte, pois como podemos constatar nem sempre as mensagens são agradáveis. Ficamos deprimidos quando reconhecemos a nossa impotência diante de fatos que conseguimos prever, mas que não podemos evitar. Muitas vezes ficamos com a impressão de que fomos nós que provocamos aquele fato, o que não é verdade. Por essa razão é preciso praticar diariamente rituais e exercícios espirituais, como mantras, orações, meditação e boas leituras, para que nosso espírito possa suportar a carga emocional que acompanha essas premonições.

O êxito do trabalho intuitivo e mediúnico depende muito mais de renúncia, desinteresse, humildade e ternura de seus praticantes do que de qualquer manifestação fenomênica espetacular, que empolga os sentidos físicos mas que não converte o espírito ao Bem.

Freqüentemente me perguntam se intuição é apenas um dom ou pode ser desenvolvida, e a resposta é : Intuição é um dom que precisa ser exercitado para desenvolver-se.

Acredite mais nos seus pressentimentos e saiba que nem tudo no Universo tem explicação científica. Para ativar o seu dom, fique algum tempo só, não seja tão racional e preste mais atenção à sua voz interior. Você descobrirá um Universo maravilhoso dentro de si.


Axé.

quarta-feira, 3 de março de 2010

A importância da Saudação

O Umbandista respeitoso e religioso deve sempre que entrar em um Terreiro, saudar respeitosamente as Forças que sustentam aquele Centro e o próprio médium.

Deve-se, no primeiro momento, saudar as Forças dos Srs. Guardiões e das Sras. Guardiãs assentadas na Tronqueira, agradecendo a permissão de sua entrada naquela Casa Santa, agradecendo o recolhimento e encaminhamento de espíritos negativos que é realizado no ato da “simples” saudação, agradecendo a guarda, a força e a proteção que ELES realizam. Em segundo momento saudar o Congá (o Altar), local Sagrado de um Centro que deve ser respeitado e é onde se realiza a grande troca de energia, pois todas as Irradiações Divinas estão sendo projetadas sobre todos aqueles que reconhecem o Poder Divino.

Por sua vez, o ato de ''Bater-Cabeça'' não deve ser um costume, mas sim uma atitude de reverência diante dos Sagrados Orixás e é nessa hora que comungamos com Oxalá, Oxum, Oxóssi, Xangô, Ogum, Iansã e Iemanjá pedindo que mantenham nossos olhos fechados para o ciúme, para o egoísmo e para a inveja, que mantenham nossos ouvidos fechados para a intriga e para a curiosidade que alimenta a fofoca, que mantenham nossos corações abertos para o amor, para a fé, para a compaixão e para a esperança, que mantenham nossa mente aberta para o discernimento, para a sabedoria e para a paciência, que mantenham nosso espírito purificado e iluminado para que assim possamos servir de “simples” instrumentos de Deus, da Lei e da Justiça. É o momento de agradecer, agradecer e agradecer por essa oportunidade única que temos por estar diante do Poder Divino.

Em terceiro lugar e não menos importante, o médium deve saudar e tomar a Benção de seu Pai ou Mãe Espiritual. Quando isso ocorre, o “filho” está reconhecendo seu Pai Espiritual como o detentor dos conhecimentos da Lei de Umbanda e como seu orientador, que o conduzirá, sustentará e protegerá dentro da doutrina religiosa Umbandista.

“Tomar a Benção” é um procedimento de reconhecimento de Grau e de respeito à Hierarquia, pois o Pai Espiritual é a voz, é a força, é o representante e o intermediário dos Orixás aqui no plano material e ele é escolhido e preparado pelas próprias Forças Divinas, pois se assim não fosse, não conseguiria sustentar uma gira ou realizar um “simples” desenvolvimento.

Cada Centro tem a sua forma de saudar o Pai Espiritual, mas quando o médium toma entre suas mãos a mão de seu Pai Espiritual, a beija respeitosamente, leva-a até a sua testa e a beija novamente, este ato representa o desejo de que aquelas mãos preparadas o conduza aos serviços de Deus ajudando-o a adquirir conhecimentos Sagrados.
Ao dizer: “Dai-me Pai, a sua benção” e o Pai Espiritual responder “Seja Oxalá quem lhe abençoe” ele está saudando acima de tudo a Trindade Divina e sendo abençoado POR OLORUN, POR OXALÁ E POR IFÁ. As mesmas atitudes devem ser realizadas ao sair do Centro, pois o médium sai do Sagrado para o Profano.

Vimos então que a Saudação tem sua importância dentro do Terreiro e por que não dizer fora, já que saudamos muitas vezes entradas de Cemitérios, Encruzilhadas e outros lugares como uma forma de Respeito.

Axé.


Matéria retirada do Jornal de Umbanda Carismática – JUCA Edição Nº 003 – Outubro 2006

terça-feira, 2 de março de 2010

Rituais de Magia Negra e Demandas



Muitas pessoas me perguntam se existem os famosos Trabalhos de Magia ''Negra'', alguns com objetivos de matar pessoas, causar ódio e desgraça ou até mesmo ''amarrar'' alguém. E eu, sempre na minha sinceridade, respondo na lata: EXISTE.

Não adianta negar e não é de hoje que esses trabalhos são feitos. Trabalhos de Magia ''Negra'' existem sim e pegam, dependendo de como e por quem são feitos.

Pra início de conversa, não há magia que haja CONTRARIAMENTE às Leis Naturais. Exemplificando [muito] pobremente: para fazer chover, é NECESSÁRIO que haja condições climáticas de nuvens serem formadas – trabalha-se ‘magisticamente’ os elementos naturais para formarem-se as nuvens e conseqüentemente a chuva. Entretanto, se não houver POSSIBILIDADE de nuvens serem 'juntadas' no local, NUNCA se fará chover ali.

O mesmo princípio ocorre com os trabalhos de demanda/magia negra. Para que um trabalho desse tipo obtenha sucesso, é NECESSÁRIO que a ‘vítima’ apresente CONDIÇÕES para que ele seja efetivado. Via de regra, tais condições são “buracos kármicos” que o sujeito traz no seu perispírito (ou corpo astral), conseqüências de erros pretéritos que (ainda) não foram “arrumados” (expiados, compensados) ou até mesmo de uma mente infestada de pensamentos negativos (ódio, rancor, mágoas, inveja, etc) e uma vida desregrada e que funcionariam como 'portas' de acesso ao espírito malfeitor.

Estudando o Livro Dos Espíritos, codificado por Allan Kardec, aprendemos que as ações de espíritos voltados para o mal sobre as pessoas podem ser impedidas, caso a pessoa objeto dessas ações invocar, em sua proteção, a ação de espíritos voltados para o BEM. Ensina, ainda, que para que uma pessoa tenha a ajuda de espíritos voltados para o bem, ela deverá manter-se em harmonia com eles, envolvendo-se, em todas as suas atividades e práticas, com pensamentos nobres e sempre procurando auxiliar aos necessitados. Portanto, uma frase que se encaixa perfeitamente nesse contexto: ORAI E VIGIAI.

É importante saber que a prática desse tipo de trabalho pode trazer graves consequências. Algo do tipo 'o feitiço se voltar contra o feiticeiro' pode ocorrer, caso o trabalho seja feito de forma errada, por alguém despreparado e/ou não conhecedor do que faz ou até mesmo se a pessoa alvo dos trabalhos tiver uma guarda forte e sadia, o que pode causar revolta do espírito malfeitor e este acabar por atacar a pessoa remetente dessa demanda.

O mais importante a se fazer é manter a mente limpa e sã, sempre com pensamentos positivos, levar uma vida regrada e sadia e sempre estar em prece, principalmente antes de dormir, já que, durante o sono, o nosso corpo astral também está sujeito a experiências.


Axé a todos.

O Poder da Curimba

Curimba é o nome que damos para o grupo responsável pelos toques e cantos sagrados dentro de um Terreiro de Umbanda. São eles que percutem os atabaques (instrumentos sagrados de percussão), assim como conhecem Cantos (Pontos Cantados) para as muitas “partes” de todo o ritual umbandista.

Esses pontos cantados, junto dos toques de atabaque, são de suma importância no decorrer da gira e por isso devem ser bem fundamentados, esclarecidos e entendidos por todos nós.

As ondas energéticas-sonoras emitidas pela Curimba, vão tomando todo o centro de Umbanda e vão dissolvendo formas de pensamento negativas, energias pesadas agregadas nas auras das pessoas, diluindo miasmas, ''larvas astrais'', limpando e criando toda uma atmosfera psíquica com condições ideais para a realização das práticas espirituais, atuando muito nos Chakras.

A Curimba é, sem dúvida nenhuma, um dos pontos de força mais fortes do Terreiro, controlando a ''descida'', a ''subida'' das entidades, assim como na hora da defumação, descarrego, etc, funcionando assim como uma sustentadora da manifestação das Entidades.

Alguns elementos que compõem a Curimba: Atabaques, Chocalhos e Adjás, todos esses instrumentos devem ser consagrados antes de serem utilazados dentro de um Templo (principalmente os Atabaques).


Axé

Pontos Cantados e Pontos Riscados

Ao adentrarmos em um Terreiro, seja ele de Nação ou de Umbanda, é muito comum ouvirmos cantigas que nos remetem ao pensamento de uma música. Na verdade são os Pontos Cantados, são verdadeiras preces de invocação das falanges, chamando-as para a atividade ritualística do Templo. A harmonia dos sons é de extrema importância, pois desta forma é gerada uma vibração que facilita a vinda das Entidades para darem a luz necessária à construção dos trabalhos, sendo assim considerados uma das maiores forças mágicas dentro da Umbanda.

Os Pontos Cantados acompanham o trabalho desde o ínicio até o seu fim, inclusive na hora da defumação, descarregos e em alguns Templos até na hora de ''Bater Cabeça'' (falarei disso mais tarde).

Já os Pontos Riscados são uma espécie de desenho feitos pelas Entidades incorporadas em seus Médiuns e possuem uma função mágica, podendo ter diversos significados. Cada Entidade porém, possui seu próprio ponto de identificação e vários outros para suas magias e mirongas. É uma espécie de, erroneamente falando, impressão digital da Entidade. Os Pontos Riscados geralmente são traçados com o uso de uma espécie de GIZ DE CALCÁRIO, mais conhecido como PEMBA. Esse giz mineral, além de ser consagrado para ser utilizado para escrita magística, também pode ser transformado em pó e utilizado de outras formas em preparações ou cerimônias ritualísticas, bem como mirongas e magias.

Axé a Todos.

Vamos falar sobre Velas

Certo dia, acendendo uma vela aqui em casa mesmo, comecei a pensar no poder das velas nos Rituais (principalmente Umbandistas). Mas por que acender velas ?!

A Vela acesa dentro de um Terreiro tem a função de movimentar a 'energia ígnea'. A Umbanda, na sua essência e por ser mágica, trabalha com os elementos da natureza: – água, ar, terra, fogo, mineral, vegetal e mineral.

A energia ígnea, além de transmutar, é também um condutor energético. Esta energia é fundamental ao equilíbrio mental no campo da razão. A absorção dela é vital para que alcancemos um ponto de equilíbrio em todos os sentidos da Vida. Assim como cada substância tem seu ponto de equilíbrio, medido em graus Celsius ou Fahrenheit, nós também temos esse ponto. e dependendo da absorção dessa energia ígnea, tanto podemos acelerar quanto paralisar nosso racional, deixando de usar a razão e recorrer à emoção ou aos instintos. O uso religioso das velas justifica-se porque quando as acendemos, elas tanto consomem energias do prana quanto o energizam, e seus halos luminosos interpenetram as sete dimensões básicas da vida, enviando a elas suas irradiações ígneas e conseqüentemente nossos pedidos feitos.

Nota-se, dentro de um Templo Umbandista, que existem velas de diferentes cores e todas elas tem o seu propópósito. Um exemplo: Uma vela para o Orixá Ogum será sempre Vermelha. Quando acesa, vibra na mesma frequência e assim proporciona um resultado mais favorável.

Mas obviamente as velas não fazem o trabalho por si só. Mais uma vez, a nossa mente, nossa Fé e nossa confiança tem um alto poder dentro dessa Ritualística, já que o resultado esperado depende desses (e alguns outros) fatores.

A vela acendida para o Anjo da Guarda deverá sempre estar a direita de um copo d'água, que serve para captar as energias que poderão nos prejudicar. Lembrando sempre de coloca-la em algum lugar SEGURA, fora do trânsito de pessoas e SEMPRE num local elevado, acima de nossas cabeças.



Axé

segunda-feira, 1 de março de 2010

Guias, Fio-de-Contas e afins

As Guias (ou Fio-de-Contas) têm um papel super-importante dentro de um Terreiro.

Feitas de materiais facilmente imantáveis (condutores de correntes magnéticas), ajudam na invocação dos protetores, na concentração, captam bons fluidos e formam um círculo de virações benéficas ao redor da pessoa que as usa. Esse Fio-de-Contas só terá valor após um processo de cruzamento realizado por uma Entidade (normalmente o Guia Chefe da Casa ou pelo/pela Sacerdote do Templo). A Guia é um objeto sagrado e é utilizada praticamente em todos os tipos de Rituais. São compostas de um certo número de elementos (Búzios, cristais, dentes, lágrimas de Nossa Senhora, palha-da-costa, etc.) distribuídos em um fio (de Aço ou Náilon) obedecendo a uma numeralogia específica e uma cromologia adequada, ou ainda de acordo com a Entidade em particular.

As Guias são elementos ritualísticos pessoais, individuais e intransferíveis, devendo ser confeccionadas , manipuladas e utilizadas somente pelo Médium a quem se destinam.

Quando uma Guia se quebra, o Médium deverá recolher o máximo de contas e elementos que puder, refazê-la com o máximo de respeito e de preferência em prece, colocá-la em sacrifício e depois entregar a uma Entidade para que esta possa fazer o Cruzamento novamente.

Com um elemento de Atração e Isolamento, funcionam como um ''Pára-Raios'', atraindo para si toda (ou quase toda) carga negativa ou estranha do médium, isolando-o até certo ponto. No entanto, as Guias permanecerão carregadas até serem devidamente ''limpas''.

Seu uso deve se restringir ao trabalho espiritual, ao ambiente cerimonial (Terreiro) e aos momentos de extrema necessidade por parte do Médium. Utiliza-la em ambientes ou situações dissonantes com o trabalho espiritual ou por mera vaidade ou exibicionismo é, no MÍNIMO, um desrespeito para com a vibração a qual representam.


Axé.

Defumação

A Defumação é mais do que essencial para qualquer tipo de trabalho em um Terreiro de Umbanda. Geralmente acompanhada pelos pontos para este fim, os quais falaremos mais a frente, a prática da defumação tem como intuito a limpeza do ambiente e das pessoas, já que, ao queimarmos as ervas (arruda, guiné, alfazema, bejoim, etc), liberamos o poder energético aglutinado em meses ou anos absorvido do solo da terra, da energia dos raios de sol, da Lua, do ar, além dos próprios elementos constitutivos das plantas. Deste modo, projeta-se uma força capaz de desagregar larvas astrais que dominam a maioria dos ambientes humanos, resultado dos pensamentos negativos e desejos, além da má qualidade de vida, raiva, vingança, ódio, inveja, mágoa, orgulho e outras imperfeições.

Existem, para cada objetivo que se tem ao fazer-se uma defumação, diferentes tipos de ervas, que associadas, permitem energizar e harmonizar pessoas e ambientes, pois ao queimá-las, produzem reações agradáveis ou desagradáveis no mundo invisível.

Muitas vezes sentimos nossa casa e/ou nosso local de trabalho pesado, carregado, discussões e brigas ocorrem a todo instante, bem como planos que vão por água abaixo, etc. O ar está carregado com partículas Fluido-Negativas que aos poucos vai envolvendo cada um e tornando as coisas mais difíceis. Mas nada adianta realizarmos uma boa defumação se antes não mudarmos nossos atos, gestos e pensamentos para melhor, afastando de nós essa corrente negativa.

O descarrego feito pela defumação, destrói ''larvas'' astrais, limpando o ambiente de impurezas e facilitando a penetração de fluidos positivos. Para defumar um ambiente não tem segredo e qualquer um pode fazer, mas para isso precisaremos de Carvão vegetal, um Túribulo (que pode ser encontrado facilmente em lojas de Artigos Religiosos e custa baratinho) e um conjunto de Ervas (guiné, arruda, alecrim, alfazema, etc.) de preferência na sua forma natural ou em pequenos pedaços moídos e triturados.

Comece varrendo o ambiente, faça uma prece e logo em seguida acenda uma vela para seu Anjo de Guarda. Enquanto o carvão acende, feche todas as portas e janelas do ambiente e abra todas as gavetas, portas de armários e móveis que estão em seu interior. Feito isso, coloque o carvão dentro do Turíbulo e jogue 7 punhados generosos por cima do carvão em brasa. Comece o Ritual da porta dos fundos para a porta da rua, sempre ''cruzando'' os cômodos e se possível acompanhando com um copo de água na outra mão. Sempre que realizar essa prática, faça-a acompanhada de algum ponto de defumação ou alguma prece e sempre com pensamentos positivos e muita fé, além de muito respeito. Após ter defumado todo o ambiente e as ervas ainda não estiverem completamente queimadas, deixe o Turíbulo na porta de entrada do local até a hora que estiver frio ou as ervas queimadas por inteiro. Depois, despache a Água do Copo em água corrente e abra todas as janelas e portas, sempre pedindo de coração aberto que o mal vá embora e a felicidade, a harmonia, o amor e os bons fluidos permaneçam.

Pra firmar a casa, começando pela tronqueira...

Já que estou começando um novo Blog, nada mais correto do que firmar uma ''tronqueira virtual'' para evitar certos 'Kiumbas de blogs'. E por falar em Tronqueira, nada mais justo do que falar [TAMBÉM] um pouco dos Exús de Umbanda (a entidade e não o Orisá).

Começando pela Tronqueira até chegar ao Exú, muitos são os que chegam em uma Tenda de Umbanda e se assustam com as firmezas existentes no local. As famosas casinhas, conhecidas como TRONQUEIRAS, tem como finalidade o assentamento das forças dos Exús e Pomba-Giras.

A Tronqueira é, na Tenda, um ponto de força onde está firmado o poder dos Guardiões que militam em dimensões a nossa esquerda. No astral, os Exús e as Pomba-Giras utilizam-se dos elementos dispostos na Tronqueira para beneficiar os trabalhos que estão sendo realizados dentro da Tenda.

Com estes elementos, esses servidores da Luz anulam forças negativas, recolhem e encaminham seres das trevas, abrem caminhos, protegem a Casa e principalmente os Médiuns da Corrente.

Dentro da Tronqueira se encontram vários tipos de instrumentos mágicos, cada um com seu propósito, como velas, bebidas, fumo, ervas, pedras e demais elementos, nos quais nossos Guardiões ativam nesses seus mistérios e magias com a finalidade de realizarem trabalhos espirituais, principalmente de defesa.

Devemos saudar a Tronqueira de forma respeitosa ao adentrarmos uma Tenda, pois é lá onde se encontra talvez o mais importante recurso de defesa de um verdadeiro Templo Umbandista.

Já que falamos de Exú, por que não falarmos um pouco mais dessa maravilhosa entidade ?!

Os Exús, na maioria das vezes, são rotulados por outras pessoas e principalmente por praticantes de outras Religiões como seres demoníacos, desprovidos de luz e que só fazem o mal. Pura balela e pura ignorância.

Sua função mítica é a de mensageiro, o que leva pedidos e oferendas dos humanos aos Orixás (falaremos deles mais tarde). É ele quem traduz as ''linguagens'' humanas aos seres superiores. Por isso, é imprescindível a sua presença para qualquer trabalho. Possuem a função também de proteger o Terreiro e seus médiuns quando o Exú Guardião está firmado na Tronqueira. O poder de comunicar e ligar, confere a ele também o oposto, a possibilidade de desligar e comprometer qualquer comunicação. Se possibilita a construção, também permite a destruição. Esse poder foi traduzido mitologicamente no fato de Exu habitar as encruzilhadas, cemitérios, passagens, os diferentes e vários cruzamentos entre caminhos e rotas, e ser o senhor das porteiras, portas de entradas e saídas.

São considerados também como ''sentinelas'' e ''seguranças'' que agem pela Lei Maior principalmente policiando o Médium no seu dia-a-dia. Essas entidades utilizam-se de energias mais densas para realizar seus trabalhos, realizando também trabalhos como cura, orientação aos consulentes em todos os setores, desmanche de trabalhos de magia ''negra'' e praticando a caridade em geral.

Os trabalhos considerados malignos (amarração, trabalhos para morte) NÃO são trabalhos realizados por Exús de Lei, mas sim pelos KIUMBAS, que sem comprazem na prática do mal apenas por prazer ou por vingança, calcadas no ódio doentio e muitas vezes se fazem passar por algum Exú em um Terreiro em que NÃO se praticam os fundamentos básicos da Umbanda (tais como Caridade, Amor, dizendo sempre não a maldade, etc).

O verdadeiro Exú não faz mal e muitos deles, quando encarnados, foram professores, médicos, advogados, trabalhadores, padres, vadios que cometeram alguma falha e escolheram - ou foram escolhidos - para apresentar-se nessa forma a fim de se redimir seus erros passados. Outros são espíritos evoluídos que escolheram ajudar e continuar sua evolução atendendo e orientando as pessoas, e combatendo o mal.

Nos trabalhos espirituais, Exú corta demandas, desmancha trabalhos de magia negra realizados por Kiumbas, desfaz trabalhos malignos, ajudam a limpar e retirar espíritos obsessores e os encaminham para a Luz ou para que possam cumprir as suas penas em algum lugar do Astral.

Os Exús se dividem em 2 'categorias':

O chamado (ERRONEAMENTE) “Exú Pagão” é tido como o marginal da espiritualidade, aquele sem luz, sem conhecimento da evolução, trabalhando na magia para o mal, embora possa ser despertado para evoluir de condição. Porém, não damos a esses Espíritos a denominação de Exú, classificando-os apenas como Kiumbas.

O chamado ''Exú Batizado ou Exú Coroado'' é uma alma já sensibilizada, evoluindo e trabalhando para o bem, dentro do reino da Quimbanda, por ser força que ainda se ajusta ao meio, nele podendo intervir, como um policial que penetra nos reinos da marginalidade.

Alguns Exús: Exú Sete Encruzilhadas, Exú Rei, Exú Caveira, Exú Sete Catacumbas, Exú Lúcifer, Exú Tranca-Ruas, Exú Marabô, Exú Porteira, Exú Tata Caveira, Exú Tiriri, Exú Veludo, Exú Ventania, Exú Pimenta, Exú Maioral, Exú Capa Preta, Exú Cobra, etc.

Exú não é Mal, Exú é JUSTO!


Exú Amojubaê.

Obs: Boa parte do conteúdo desse post foi retirado do Blog UMBANDA DE A a Z, o qual o link encontra-se ao lado.

Um novo começo...

Pois é, eu que nunca gostei de Blogs e afins, tenho o prazer de apresentar a vocês o ''POVO DA CASA''. Não se tratam de simples postagens. Quero algo além disso, compartilhar conhecimento, aprendizado e [muito] pouco que eu sei sobre a doutrina Espírita e Umbandista com desconhecidos, colegas, amigos e parentes.

Aproveitem e suguem ao máximo as mensagens positivas que os posts lhes trouxerem. Afinal, não é por acaso que você está aqui, não é mesmo ;) ?